02/07/2019
Biópsia Líquida
Biópsia Líquida
Você sabe o que é biópsia líquida e para que serve?
É um exame de sangue que ajuda a descobrir informações genéticas sobre um determinado tipo de câncer e que pode guiar a escolha do tratamento para se obter a melhor resposta do paciente. Nele, é possível analisar a presença de células tumorais circulantes (CTCs) e frações de DNA do câncer (ctDNA – DNA tumoral circulante), permitindo assim identificar o perfil molecular da doença.
Qual o principal benefício da biópsia líquida?
Pela coleta da biópsia líquida é possível acompanhar o câncer em tempo real, isto é, sua análise auxilia a identificação de alterações genéticas que estão direcionando a progressão do tumor naquele momento e, portanto, aumentam as chances de identificar mutações associadas às medicações chamadas de terapia-alvo. Essas terapias são específicas para o tipo de tumor e para as alterações genéticas tumorais identificadas, tendo, assim, um tratamento mais assertivo e com maior chance de resposta.
Quais as vantagens da biópsia líquida?
Como é um exame de sangue, a biópsia líquida é menos invasiva e dolorosa, sendo assim não é preciso retirar uma parte do tumor para análise. Além disso, ela também auxilia nos tipos de cânceres em que a biópsia não é permitida devido ao local de difícil acesso em que o tumor se encontra. Ou seja, mesmo quando a avaliação do tumor não está disponível, o uso da biópsia líquida permite a realização de testes genéticos voltados à identificação de alterações que possam auxiliar em um tratamento de maneira mais personalizada.
Quem pode fazer a biópsia líquida? É para todo tipo de tumor?
Uma vez que todos os tipos de cânceres liberam células e DNA que acabam por cair na circulação sanguínea, é possível realizar a coleta de biópsia líquida essencialmente em todos os tipos de tumores.
Quais as possíveis desvantagens de se fazer uma biópsia líquida?
A quantidade de ctDNA (DNA tumoral circulante) é normalmente muito pequena comparada ao DNA extraído da biópsia tumoral. Essa quantidade pode cair ainda mais dependendo do momento do dia em que o sangue é coletado ou ainda se o paciente acabou de passar por uma sessão de quimioterapia. A quantidade de ctDNA também pode variar mesmo dentre os pacientes com o mesmo tipo de doença, sendo muitas vezes indetectável. Sendo assim, um resultado negativo em um exame de biópsia líquida não necessariamente reflete o verdadeiro perfil tumoral, sendo muitas vezes necessária uma nova coleta da qual pode resultar em um resultado positivo.