09/05/2022
10% dos pacientes oncológicos apresentam tumores hereditárioss
A importância de diagnosticar o câncer hereditário
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) projetam que até o ano de 2030 haverá 27 milhões de novos casos de câncer. Já as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam 625 mil novos casos neste ano somente no Brasil. Cada vez mais a prevenção e a realização de exames preventivos e de rastreamento são fundamentais para o diagnóstico precoce do câncer. Quando consideramos todos os tipos de câncer, em 90% dos casos os tumores são causados por mutações acumuladas no DNA ao longo dos anos e hábitos associados a fatores de risco. Já em cerca de 10% dos casos uma mutação no DNA pode ser transmitida por diversas gerações, representando o que chamamos de câncer hereditário.
Com previsões com números elevados, é indispensável manter os exames preventivos em dia, ficar atento aos sinais e fatores de risco e realizar a detecção precoce, aumentando as taxas de cura e possibilitando tratamentos menos invasivos. No entanto, além de evitar os fatores de risco, também é importante ficar atento às questões familiares para verificar a possibilidade de se ter o desenvolvimento de um câncer hereditário.
“Quando existem várias pessoas da mesma família que já tiveram câncer, é importante buscar profissionais que possam realizar o teste genético no sangue (germinativo) para ver se o câncer tem origem genética, ou seja, hereditário. Se encontrarmos alguma mutação, poderemos testar em outros membros da família, auxiliando no diagnóstico precoce caso mais algum familiar tenha risco aumentado de desenvolver algum tipo de tumor”, explica geneticista Meire Batistela, coordenadora do Setor de Oncologia Molecular do Mantis Diagnósticos Avançados.
Painel Câncer Hereditário
É um exame que avalia as principais síndromes genéticas associadas ao câncer hereditário. Nele, o DNA do paciente é extraído de uma amostra que pode ser do sangue ou da saliva. De acordo com a geneticista, “O exame realizado no Mantis Diagnósticos é feito pela metodologia NGS – Sequenciamento de Nova Geração – e analisa 37 genes associados à doença”.