O laboratório Mantis Diagnósticos Avançados de Curitiba, realizou na noite do dia 7 de dezembro a 2ª edição de seu OncoScience Mantis 2017, evento destinado a médicos, que teve como objetivo mostrar as aplicações de exames moleculares e novos painéis na oncologia.
A diretora técnica do Mantis Diagnósticos, Dra. Miriam Pelingeiro Beltrame, abriu o encontro falando sobre a importância dos médicos conhecerem os novos tipos de exames de sequenciamento genético realizados para que possam oferecer ao paciente em tratamento de câncer o medicamento (droga-alvo) que trará um grau ainda maior de eficácia. Em seguida, citou que o Mantis Diagnósticos passa a contar com o NGS (sequenciamento de nova geração) – equipamento destinado ao sequenciamento genético automatizado – de alta precisão e aplicações variadas, que permitem um grande avanço na Biologia Molecular e Genômica, gerando um grande volume de dados com maior rapidez e custo acessível em cada corrida.
“Aplicação de exames moleculares na oncologia” foi a primeira palestra, realizada pelo médico geneticista Antonio Abilio Pereira de Santa Rosa, que tem vasta experiência na área de genética, com ênfase em genética clínica e oncologia. O geneticista é membro do comitê de ética em pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e exerce funções no Ministério da Saúde do governo federal.
Dr. Santa Rosa traçou um panorama sobre a oncogenética e a importância dos exames moleculares, a saber:
1 – “Antigamente, a oncogenética era uma especialidade para poucos pacientes, os exames eram muito caros, pesquisava-se genes isolados (cerca de três meses para análise), se necessário, pesquisava-se mais genes, encarecendo o preço do exame para o paciente e aumentando o tempo de espera do resultado. Até que se chegava a um ponto de não ter para onde ir.”
2 – “Atualmente, com as novas tecnologias de sequenciamento de próxima geração, dos exames terem ficado mais acessíveis, os valores abaixaram e passou-se a se pesquisar vários genes ao mesmo tempo, num painel, num chip que cabe na palma da mão e o resultado fica pronto em cerca de 15 dias (3 dias para a elaboração da técnica e o restante para analisar e fazer o laudo), o que é uma grande conquista.”
3 – “Hoje, o que vemos no país é uma evolução, as mesmas máquinas (aparelhos) utilizadas no exterior são as que temos aqui. Os planos de saúde já estão começando a autorizar os exames, ajudando na disseminação dos testes genéticos, implicando no aumento de médicos que poderão solicitar o teste genético para seus pacientes. O papel do geneticista será fundamental na interpretação dos resultados e na relação com o oncologista, que poderá dar o melhor tratamento ao paciente.”
4 – “Vivemos em uma época extraordinária de testes. Temos um horizonte à nossa frente e nesse ponto o Mantis é fundamental, porque é um dos melhores laboratórios do Brasil.”
5 – “Nossos oncologistas estão cada vez melhores, são atualizados, têm experiência lá fora, participam de congressos, estudam, e isso tudo traz know-how para o tratamento do paciente.”
A segunda palestra foi proferida pela bióloga molecular Graziele Moraes Losso, sobre o “Novo conceito em painel molecular aplicado à oncologia”. Dra. Graziele é diretora do Setor de Biologia Molecular do laboratório Mantis Diagnósticos Avançados e explica que a biopsia líquida é uma ferramenta para aqueles pacientes não é possível biopsiar, onde são coletadas células tumorais circulantes no plasma do paciente. É uma das técnicas que apresenta mais sensibilidade. “Para o próximo ano será lançando o painel somático para BRCA1 e BRCA2. Com esse sequenciamento será possível, através do tumor, separar as variantes germinativas e genéticas e isso irá sanar uma dificuldade que temos no Brasil que é o padrão da amostra, que é mais degradada. A tecnologia que vem com esse aparelho tira as sequências que são artificiais e conseguimos sequenciar com melhor qualidade o tumor.”
Copyright 2024 – Todos os direitos reservados. All Rights Reserved.
