11/06/2019

Benefícios da bioinformática para o tratamento oncológico

Mantis Diagnósticos Avançados tem um dos mais completos bancos de dados de interpretação clínica do mundo

A cada ano a medicina avança um pouco mais graças às novas tecnologias que permitem maior exatidão nos diagnósticos e tratamentos. Entre as novidades, está a bioinformática, uma ferramenta de inteligência artificial que, com a utilização de softwares, permite analisar inúmeras informações genéticas tumorais, drogas-alvo, ensaios clínicos, utilizados nos maiores centros de tratamento oncológico do mundo. A diretora do Setor de Oncologia Molecular do laboratório Mantis Diagnósticos Avançados, Graziele Moraes Losso, explica que a bioinformática é uma ferramenta que vai ajudar a traduzir o código genético, seja ele germinativo ou somático (tumor), assim sendo possível ver se existe uma mutação patogênica no DNA. “Quando o sequenciamento genético é realizado no tumor (somático), esse dado gera o perfil genético tumoral como se fosse uma assinatura genética do tumor. O dado genético permite a busca de tratamentos-alvo, onde temos uma alteração molecular compatível com uma droga específica.”

Para ajudar no processo de identificação de dados genéticos, o Mantis possui os softwares alemães QCI Analyze e QCI Interpret. O primeiro vai mostrar como é codificada a informação genética. “Assim que finalizamos o sequenciamento em Curitiba, enviamos os dados via internet para a Alemanha, para decodificarem as informações, depois recebemos o resultado e fazemos uma nova análise dentro do software. Após interpretados, os dados são enviados para o QCI Interpret, que é o maior e mais completo banco de interpretação clínica do mundo. No Brasil, apenas o Mantis Diagnósticos possui o software, e o principal benefício é saber qual é a exata variante (mutação identificada) para droga-alvo. Ainda no QCI Interpret, a ferramenta possibilita ter acesso aos mais variados clinical trials (ensaios clínicos) abertos no mundo, podendo ver o local onde está sendo realizado algum tipo de estudo. Isso é altamente relevante, pois caso o paciente já tenha feito tentativas de tratamentos e não haja outra opção, poderá participar, dentro dos critérios previstos nos estudos, uma vez que os clinical trials são estudos que estão na fase de aprovação para novas drogas.

Além de ter acesso a todas as informações, a utilização do QCI Interpret vai possibilitar mais rapidez e precisão. “Um laudo que demoraria entre 60 e 90 dias para ser finalizado, agora pode ser feito entre 5 a 20 dias dependendo da análise genética, pois o sequenciamento do teste em si demora menos que a análise. Até o ano 2017, quando desenvolveram o QCI Analyze, era tudo feito manualmente. Agora, com a inteligência artificial, tudo se tornou mais ágil e com maior presteza. No que se refere à análise de software, a ferramenta é altamente dinâmica e de grande acurácia clínica quanto à correlação genética/clínica, possibilitando uma alta performance em relação à droga-alvo e clinical trials”, destaca Graziele Moraes Losso.

 

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